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terça-feira

Canhoto, Zinho relembra gol de direita na final de 93: 'O Morumbi ficou verde'

Zinho (Foto: Gazeta Press)
Após a derrota para o Corinthians na primeira final do Paulista de 1993, o Palmeiras precisava bater seu arquirrival na volta, para levar a partida à prorrogação e garantir o título que completa amanhã 20 anos e encerrou um jejum de 17 temporadas sem títulos.

Naquele 12 de junho, a caminhada para a goleada se iniciou ainda no primeiro tempo: aos 36 minutos, fora de posição e com pé que não é o bom, o canhoto Zinho invadiu a área, bateu de direita e fez 1 a 0.

– Não devia estar na direita, tinha que estar pelo lado esquerdo. Foi o destino mesmo. Eu toco primeiro com o pé esquerdo na bola e normalmente o canhoto ajeita para o meio dali. Dei sequência, pois os jogadores do Corinthians fecharam o meio. Minha intuição foi trazer a bola para direita, pois tinha mais espaço. Não foi um chute muito forte, mas colocado, cruzado – contou, em entrevista .

O lance acalmou os palmeirenses, tensos para sair de vez da fila, e enervou os corintianos. Ao relembrar da jogada, Zinho admitiu que nem sabia o que fazer após o gol:

– Na hora que a bola entrou eu fiquei meio aéreo. Nem sabia para onde eu corria (risos). Eu corro para esquerda, para direita, meio que tonto, só ouvindo o barulho da massa. O Morumbi ficou verde. Depois até brincamos: quando fiz o gol de pé direito, tinha que ser campeão. A direita quase não funcionava, né?
Após as expulsões de Ronaldo e Henrique pelo Corinthians, e Tonhão pelo Palmeiras, Evair e Edílson fizeram 3 a 0. Na prorrogação, Ezequiel também recebeu o vermelho pelo Timão, e Evair, de pênalti, assegurou o título. Ainda que o atacante tenha fechado o placar, muitos consideram o gol de Zinho como o “gol do título”. Mas ele discorda.

– O pênalti foi para consolidar. Acho que todos os gols foram fundamentais. O primeiro marcou muito para todo torcedor, como para mim também, foi um dos gols mais importantes da minha carreira – acrescentou ele, feliz por participar de uma conquista simbólica para o Verdão.

– É o fim do jejum, o início de uma geração vitoriosa, de recolocar o Palmeiras no cenário dos campeões, que há muito tempo estava fora. Depois da Academia, foi a recuperação do grande Palmeiras, em 93 e 94.

Bate-Bola

Zinho

Ex-meia do Verdão,!
O que lembra daquela final?
Lembro do belíssimo segundo jogo que a gente fez, lembro do meu gol de pé direito (risos), enfim, momentos maravilhosos. Foi um título muito importante para a minha carreira, fundamental para afirmação no futebol nacional. Foi para coroar o início de uma campanha vitoriosa no Palmeiras.

Qual a importância do seu gol?
No primeiro tempo, logo no início, traz uma tranquilidade, o Corinthians se desequilibrou e acabou tendo os jogadores expulsos. O nosso time era melhor e o gol deu esta tranquilidade para nós. Aí conversamos: a primeira parte, nós conseguimos. Agora eles vão ter que sair do jogo e é hora da nossa técnica ser superior e matar o jogo. Foi isto o que aconteceu.

Como o Luxemburgo motivou o time para a segunda partida?
Usou imagens, declarações, não só o Viola comemorando, mas as declarações do Nelsinho (Baptista, técnico do Corinthians), da torcida, de que na hora da decisão era mais forte, o time da massa, do povão, e o Palmeiras ia tremer por causa da fila...Isso tudo ele juntou na preleção. Mostrou mais imagens de coisas negativas e positivas que fizemos. Isto foi fundamental para a vitória.

O Palmeiras ganhou o título por estar pronto mentalmente?
Sem dúvida. Treinamento não tinha o que inventar. Nosso time já vinha jogando o semestre todo, já vinha com o esquema tático definido. Então precisávamos de um pouco de relaxamento, de descontração para aliviar a tensão do jogo. E na preleção mostrou-se o caminho para ganhar, transmitiu confiança para o grupo que tinha muita qualidade.

Serviu de que este título para o Palmeiras e a sua torcida?
O palmeirense bem antigo tinha lembrança do Palmeiras campeão, da grande história da Academia, e a geração nova, os filhos destes palmeirenses, não tinham visto. E a geração 93/94, que hoje é a mais madura (risos) tem a lembrança e por isso que é tão lembrado. O início de tudo foi em 92, 93, 94. Eu vi o CT ser construído, o Palmeiras sendo recolocado no topo, por isso que o clube recuperou o número de torcedores. Aqueles títulos fizeram isso, é só ver o que o Neymar disse, que virou palmeirense por causa daquela época, que via o time sendo campeão e ele gurizinho (risos).

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