O volante Charles rodou por várias equipes e chegou ao Palmeiras só no início de fevereiro, mas, apesar do pouco tempo de casa, já constatou uma unanimidade: a importância e a presteza do massagista Serginho, no clube desde 1998.
“O Serginho é um excelente profissional. Você pode contar com ele em qualquer circunstância e a qualquer hora. Já vi bastante gente ligando para ele de madrugada, e ele sempre foi atender disposto. Além disso, ele está a todo o momento querendo saber se estamos bem, se estamos com dores. Todos têm essa mesma opinião sobre ele”, afirmou o camisa 28, mentor de uma homenagem marcante e que contou com o aval do plantel inteiro.
Serginho, que nunca havia recebido algo parecido em sua carreira, contou os detalhes. “Eu estava indo tomar o lanche da noite em uma concentração em Itu quando os jogadores me chamaram no refeitório. Na hora achei que eles iam brincar comigo, me dar umas porradas (risos), mas não. Eles me entregaram um troféu com uma placa de o ‘melhor massagista do Brasil’. Foi algo muito gratificante. Eu tento fazer meu trabalho e, ao mesmo tempo, alegrar o ambiente, deixá-los felizes”, disse o profissional, conhecido pela torcida por dar piques dignos de recorde olímpico na hora de chamar um jogador do aquecimento para o jogo.
O goleiro Bruno, que convive com ele desde os tempos de juniores, é outro que valoriza o funcionário palestrino. “Eu sou suspeito para falar. Eu o conheço desde que ele entrou. Em 2004, porém, ficamos mais próximos. Fomos campeões no júnior contra o Corinthians, e ele me ajudou muito na final. Eu estava com fortes dores nas costas, e ele foi ao meu quarto toda hora, fez acupuntura, massagens... foi ele quem me colocou em condições de jogo”, relembrou o camisa 1 alviverde, que aproveitou para ressaltar a versatilidade do amigo.
“Ele não tem horário. Se algum jogador precisar de massagem ou de remédio às três ou quatro da manhã, ele levanta sem reclamar. Foi ele, por exemplo, quem deu os primeiros atendimentos ao Barcos quando ele teve uma crise de apendicite no hotel em Barueri. Ele socorreu, levou para o hospital, chamou o médico. É uma homenagem mais do que justa. Poucas pessoas percebem essas coisas”, emendou.
A relação entre Bruno e Serginho extrapola os limites da Academia de Futebol. Eles viajaram juntos no ano passado. “Combinamos de nos encontrar na Disney, eu com minha família e ele com a dele. Aí, no primeiro dia, eu o levei para uma montanha-russa. Ele não pipocou. Mas, quando eu o convidei para ir em outra, ele se esquivou, dizendo que não queria atrapalhar. Ele, na verdade, estava morrendo de medo”, brincou o arqueiro, que levou Serginho também a um jogo da NBA (Liga norte-americana de basquete).
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